“A ânsia de ter e o tédio de possuir”

São duas faces de uma mesma moeda. 

O DESEJO.  


Segundo o filósofo “Arthur Schopenhauer” escreveu que nossa vida “é uma constante oscilação entre a ânsia de ter e o tédio de possuir”.


O **anseio de ter** nasce do vazio, da falta, da projeção de que algo externo pode nos completar ou satisfazer. É uma promessa de felicidade futura: quando eu tiver *isso*, então serei pleno. Esse desejo é pulsante, motivador, quase poético. Alimenta a esperança, impulsiona o movimento, dá sentido ao esforço.


Mas aí vem a outra face: **o tédio de possuir**. Quando finalmente conquistamos o objeto do desejo, ele muitas vezes se mostra insuficiente, comum, ou perde o brilho que tinha na imaginação. O que antes parecia essencial se torna banal. E logo outro desejo toma o lugar do anterior. É o ciclo incessante da vontade, como Schopenhauer descreve — desejar, conquistar, entediar-se e desejar novamente.


Esse paradoxo é central na experiência humana. Revela como frequentemente projetamos no “ter” uma solução para o “ser”. Mas talvez o que buscamos não esteja no objeto, e sim no próprio ato de buscar — na tensão entre o querer e o alcançar.


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